Arquivo para dezembro, 2009

Boa notícia e Confissão teimosa

 

Extra! Extra!

 

O ano de 2009 não poderia terminar com lembranças de manchetes tristes, ruins. E uma notícia, aos 42 minutos do segundo tempo, vem para renovar nossa esperança… confira no Céu

Eu, aqui, queria confessar que sou teimosa. E, para isso, uso as palavras de Elisa Lucinda e a voz de Ana Carolina:

 

Só de Sacanagem*

(…)

“… É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

(…)

Pois bem, se mexeram comigo,
com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem!

Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba” e eu vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. (…)

Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.

Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.

Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.

Eu repito, ouviram? IMORTAL!

Sei que não dá para mudar o começo
mas, se a gente quiser,
vai dar para mudar o final!”

(*Elisa Lucinda, 12 de agosto de 2005 – Vídeo: Ana Carolina, Youtube)

 

::::: Ao escrever, me veio a lembrança dos textos inspirados e cheios de esperança do Altavolt :::::


Sorria que ilumina!

 

O Natal é mágico, encantado.

A cidade cintila, resplandece. E o mesmo acontece com cada um de nós. Através do sorriso ficamos iluminados, brilhando… a luz que todos temos se irradia mais forte, mais viva. Por alguns instantes, tudo fica em paz…  

Este mesmo milagre pode e deve estar presente durante todos os dias do ano! Em cada simples gesto, em um olhar que sorri, nas pessoas andando nas ruas, nas crianças brincando, em um abraço sincero, na conquista de um novo amigo, na descoberta de um amor… na renovação da vida!

O milagre do Natal é o desejo que cada um possui de ser feliz e tentar fazer as pessoas à sua volta felizes também.

Mais um ano vem aí… Renove suas forças, suas esperanças, sua fé! Aproveite para tentar outra vez!!! Menos críticas, mais tolerância, menos raiva, mais amizade, menos revolta, mais fé, menos desprezo, mais amor, mais VIDA !!!!

Sim, temos o futuro, temos todas as possibilidades à nossa frente, basta acreditar e lutar.

Que o seu Natal, seja repleto de alegria e paz e que não desistamos da vida. Sinceramente, é o que eu desejo.

 

 Hoje, no Céu, fiz uma retrospectiva: “A vida é pra valer…”

Vamos  comigo?!

 


Um passo…

 

 

E confesso mais: não preciso de muitas pessoas em minha vida, só das realmente especiais.

 


Para as festas em família, um desejo: que os ciclos sejam de união

 

Hoje, no Céu, dentro do tema das ‘Festas de Final de Ano’, falo sobre ‘Festa em Família’.

 

E tenho que confessar: ao escrever, tanta recordação veio à tona, que fiquei com saudades:

– do cheiro da casa da minha vó;

– da alegria de nos planejarmos para encontrar toda a família;

– da bagunça e gritaria das crianças; 

– da lembrança do meu pai e tios indo, já meio tontos, escolher o melhor pinheiro;

– da árvore grande, de verdade e não de plástico, toda enfeitada;

– do dia que passávamos só decorando a árvore, a casa e montando o presépio;

– de ficar na cozinha com minha avó, mãe e tias aprendendo os segredos de família em cada receita;

– de ver os sapatinhos embaixo da árvore;

– do meu pai ou algum tio vestido de Papai Noel;

– do meu avô – a pessoa que mais fazia questão de reunir a família e valorizava cada pequena oportunidade de colocar isso em prática;

– do brilho nos olhos de todos e de cada um.

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Sim, estou saudosa. Não triste. Apenas com lembranças muito presentes e fortes, de tempos que não voltam mais. São memórias boas. Ao senti-las, sorrio; trouxeram muita alegria. E me marcaram. Para sempre.


Um amor de confusão…

Sentamos pra conversar. Ela estava nervosa, desconcertada. Mal o conhecia e ele disse, de repente, que a amava. “Como ele pode me amar, Menina? Nos conhecemos há tão pouco tempo. Não sei quase nada sobre ele, nem ele sobre mim.  Ainda nem nos beijamos. Será que ele é louco, exagerado, cafa ou realmente sente isso?”

“E o caso da Babi, lembra? Ela conheceu o Pedro pela internet. Conversaram por alguns meses, se viam eventualmente pela cam. Nunca haviam se encontrado. Faltava o olho no olho, o toque na pele. E ele, num belo dia, disse que a amava. Que tinha certeza que com ela seria diferente”.

Nossa conversa durou horas. E, a cada lembrança, a cada exemplo nos confundíamos ainda mais.

Será que o amor está sendo banalizado? Não só o sentimento. A frase propriamente dita – EU TE AMO.

Ou será que estamos com tanto medo de sofrer que tentamos racionalizar o sentir buscando uma certeza irreal, inexistente? Será que os traumas e infortúnios do passado nos assombram ao ouvir falar de amor em tão pouco tempo de relacionamento? (ou quando ainda nem existe um ‘relacionamento’ propriamente dito?)

Um homem não pode amar uma mulher apenas pelo o que ela representa pra ele naquele momento? Não pode ter acontecido o ‘amor à primeira vista’? Ou os meses de conversa no msn não podem ter sido, para ele, mais importantes que qualquer outra presença física? Não pode ser amor aquele sentimento imperfeito, bagunçado e sem nexo que ele sente por ela?

Não existem regras, limites ou tempo mínimo necessário para que um sentimento nos invada.

Então porquê nos assustamos tanto com a efemeridade de uma frase como essa?  Porquê questionamos tanto? Porque tanta desconfiança?

Na mesma conversa, lembramos também daquelas vezes em que acreditamos, mesmo sem entender, e o resultado foi desastroso. Poderia ser paixão, desejo, empolgação, vontade de fazer dar certo. Ou poderia ser um típico cafa querendo apenas derreter o coração de mais uma pobre coitada iludida e assim conseguir levá-la pra cama. Nestes exemplos, não chegou a ser amor. Somente confusão. Brigas. Choro. Cobrança. Desilusão.

E deve também haver os casos de sucesso… Onde uma simples troca de olhares despertou o maior dos sentimentos e foram felizes… se não para sempre, pelo menos, enquanto durou.  

Talvez não nos caiba entender. Talvez “… saber amar é saber deixar alguém te amar…”. Talvez devêssemos apenas viver mais soltos… sem nos preocuparmos com padrões, tempos, paradigmas. E, talvez, possa ser amor…

****

O texto está meio solto e os pensamentos meio embaralhados. Até porque eu mesma fiquei confusa. E acho que ainda estou. De verdade, eu responderia que ‘não sei’.

Escrevi este texto há algum tempo. Mas o deixei guardado, inacabado. Só que ao ler este post da Miss muita coisa veio à tona e junto a vontade de postá-lo.

O que vocês acham?!


Signs – ‘O almoço’

 

(Se quiser saber como esta história começou, leia: Signs e Signs – ‘O dia seguinte’)

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Sua cara – assustada e surpresa – não o intimidou. “Sim, fui eu que coloquei o bilhete no seu carro. E, hoje de manhã, mesmo que por poucos segundos, fui eu quem você viu pela janela do seu escritório. Prazer, Paulo.”

Paulo era um homem interessante. Na casa dos 30 anos. Pele clara que contrastava com os cabelos e olhos pretos. E tinha um sorriso encantador. Ela conseguiu perceber tudo isso em instantes. Mas mal balbuciou seu nome.

Ele percebeu que ela estava nervosa e tentou ser o mais agradável possível. “Podemos ir almoçar? Meu carro está logo ali fora, já tenho um lugar em mente. Vamos?”

Ela foi. Por impulso. Não conseguia pensar naquele momento.

Paulo, talvez um pouco influenciado pelo vídeo, planejou um almoço diferente, queria ser original. Coisa um pouco complicada de realizar num meio de semana normal, num dia comum de trabalho com horários, compromissos, reuniões. Ele escolheu um restaurante fora do centro comercial, mais chique, requintado e aconchegante. Mas não pensou nos detalhes. O trânsito. Ficaram um bom tempo parados ou andando na velocidade de uma tartaruga manca. Por um lado poderia ser bom, pensaram; teriam chance de conversar. Mas os assuntos eram trabalho, loucuras da cidade grande e, lógico, horários. O tempo foi passando e nada de chegarem ao tal lugar. Ambos estavam desconfortáveis. Sabiam que corriam contra o relógio – logo teriam que voltar. O clima foi ficando denso no carro.

“Para que eu fui inventar de escolher este lugar? Minha chance e eu a desperdicei…”, pensava ele. Ela não sabia se abria a porta do carro e saía correndo ou se abria o jogo. Como não tinha a nada a perder e, de certa forma, algo nele a intrigava, resolveu ser sincera: “Paulo, sei que sua intenção foi boa. E, por não me conhecer, quis me impressionar. Mas sou uma mulher que se encanta com gestos simples. Vire na próxima rua à direita. Quem vai te levar para almoçar agora sou eu.” Ele obedeceu. E seu semblante parecia mais aliviado.

Chegaram a uma casa simples. Não havia placas. Mas um movimento intenso. “Aqui é a casa da D. Doninha. E o restaurante é no quintal. A comida é simples e caseira. Gosto daqui porque, por alguns minutos, saio da agitação e sinto como se eu estivesse numa cidade do interior. Espero que goste.” D. Doninha os recebeu com um abraço, como se fossem da família. Se serviram no fogão a lenha, sentaram em uma mesa de plástico perto de uma jabuticabeira. Pequena ainda, sem flores, sem grandes pretensões de proporcionar sombra. Mas fez Paulo se lembrar da sua infância, na casa de seus avós. E sorrir.

Lugar perfeito. Seus olhos brilharam ao olhar para ela. Os dois sentiram a especialidade do momento. E a conversa começou a fluir mais naturalmente. O trajeto de volta ao trabalho foi diferente, eles estavam mais descontraídos, mais integrados… seria o começo de uma ‘perfeita simetria’?